O Prof. Roubini fica bem mais solto quando não está falando especificamente ao público norte-americano. Convidado pela Financial Times a responder as perguntas dos leitores ele foi bem mais incisivo e claro do que tem sido em seu site e nas entrevistas paraórgãos de imprensa dos EUA. Da leitura fica claro que ele não está gostando em nada das medidas tomadas pela equipe de Obama, que ele não acredita em solução indolor para os problemas do sistema financeiro e bancário, que ele vê ameaças sobre alguns países europeus que assumiram garantias sobre sistemas financeiros que são maiores do que a capacidade dos Estados e que ele acredita em uma estagnação prolongada da economia mundial.
Aos poucos, Roubini vai se afastando de seu prognóstico inicial de uma recessão profunda mas com duração de dois a três anos (até 2011) para admitir um cenário bem mais assustador, de uma crise bem mais prolongada e profunda. Dada a timidez e a incapacidade política para contrariar a dominação financeira que vem demonstrando o time Obama, o prognóstico "EUA (e o mundo) um novo Japão" vem aumentando de chances. Obama vai mudar de caminho ali adiante por que politicamente os EUA não são o Japão, mas haverá tempo (e recursos) para que essa modificação se mostre eficaz?
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