O PACOTE AMERICANO TEM UM PACTO EMBUTIDO
Por Enéas de Souza
Obama segue os passos de Tim Geithner, que pensa pelas finanças. O que esta quer é a retomada dos negócios. Claro, houve uma decomposição dos seus ativos, os balanços estão cheio de papéis sem valor, poeticamente ditos, não precificados. O pacote de Tim Geithner, junto com o dinheiro do bailout de Paulson, vai servir para duas coisas: uma montanha de capital para os bancos, algum dinheiro para outros setores; para outros conglomerados ligados a tecnologia de informação, saúde, educação, ambiente, etc.Geithner está tentando selar um novo pacto, Mas o objetivo das finanças é retornar a posição livre, a posição de comando. Exala um horror por qualquer idéia de nacionalização. Existem críticos que trabalham com a idéia de que por mais que ajude, este dinheiro não vai resolver os ativos tóxicos dos bancos. Vai deixar nestes uma enorme quantidade deles. Porque, tais ativos não têm preço, não vão encontrar mercado, o stress test pode ser manipulado e o governo vai dar dinheiro em vão, vai por no poço sem fundo um dinheiro que não volta. Mas, Tim Geithner confia no seu taco, na sua capacidade de organizar, na sua ação de pactuar. Só que esse plano não está detalhado, o que é próprio das finanças. Paulson quando foi levar o primeiro pacote de salvação só tinha duas ou três folhas, não tinha projeto. O que vem mostrar que os negócios do setor são todos feitos na inspiração do momento, algo no curto prazo e que o objetivo deste pacote é unicamente dar capital aos bancos. Mas, os pessimistas prevêem, vai faltar ainda muito mais dinheiro. Os banqueiros dizem que estão emprestando de novo, que o sistema bancário está funcionando, e que eles estão prontos para - desde que aliviados dos títulos desgastados - reconstruir um sistema bancário que funcione. O que pretendem e desejam e querem insinuar é que um novo pacto já está em andamento. Mas, a pergunta prossegue e insiste: será que a produção e a sociedade americana acreditam nesta tentação?
KEYNES E A BALA NA AGULHA
Por Enéas de Souza
O superávit fiscal brasileiro foi em 2008 de 4,6% do PIB. Em tempos keynesianos fazer um superávit deste porte é uma brutalidade. Mas, o nosso banco central é conservador, está longe de qualquer idéia de Keynes. Segue um caminho que ajuda o sistema bancário a ser o centro do processo de acumulação financeira. No entanto, Keynes está de volta. E por isso, o governo pode agora ser menos ortodoxo e usar este superávit para gastar, para fazer investimento, para fazer crescer a economia. E o fundamental é que o dispêndio seja, efetivamente, em investimento, e não em gastos correntes. Então, as idéias de diminuir o superávit já entraram em campo, e é possível que o governo brasileiro o diminua em 1 ou 1,5%. O superávit fiscal, portanto, continuaria em bom nível, em 3 ou 3,6 % e o crescimento do PIB chegaria a 2 ou 2,5%. Fala-se então que o superávit fiscal é uma das razões que permite garantir a previsão que dos países emergentes, além da China e da Índia, o Brasil seria um dos países que cresceria. Se isso acontecer, não só o Brasil vai lentamente alterando a sua política econômica de corte financeiro, pela geração de investimento autônomo do Estado, mas também poderia encontrar uma nova posição relativa na ordem econômica mundial, com repercussões positivas na nova ordem política do planeta. Como disse um economista de Brasília, o superávit fiscal é sim, a bala na agulha do Brasil.
Por Enéas de Souza
Obama segue os passos de Tim Geithner, que pensa pelas finanças. O que esta quer é a retomada dos negócios. Claro, houve uma decomposição dos seus ativos, os balanços estão cheio de papéis sem valor, poeticamente ditos, não precificados. O pacote de Tim Geithner, junto com o dinheiro do bailout de Paulson, vai servir para duas coisas: uma montanha de capital para os bancos, algum dinheiro para outros setores; para outros conglomerados ligados a tecnologia de informação, saúde, educação, ambiente, etc.Geithner está tentando selar um novo pacto, Mas o objetivo das finanças é retornar a posição livre, a posição de comando. Exala um horror por qualquer idéia de nacionalização. Existem críticos que trabalham com a idéia de que por mais que ajude, este dinheiro não vai resolver os ativos tóxicos dos bancos. Vai deixar nestes uma enorme quantidade deles. Porque, tais ativos não têm preço, não vão encontrar mercado, o stress test pode ser manipulado e o governo vai dar dinheiro em vão, vai por no poço sem fundo um dinheiro que não volta. Mas, Tim Geithner confia no seu taco, na sua capacidade de organizar, na sua ação de pactuar. Só que esse plano não está detalhado, o que é próprio das finanças. Paulson quando foi levar o primeiro pacote de salvação só tinha duas ou três folhas, não tinha projeto. O que vem mostrar que os negócios do setor são todos feitos na inspiração do momento, algo no curto prazo e que o objetivo deste pacote é unicamente dar capital aos bancos. Mas, os pessimistas prevêem, vai faltar ainda muito mais dinheiro. Os banqueiros dizem que estão emprestando de novo, que o sistema bancário está funcionando, e que eles estão prontos para - desde que aliviados dos títulos desgastados - reconstruir um sistema bancário que funcione. O que pretendem e desejam e querem insinuar é que um novo pacto já está em andamento. Mas, a pergunta prossegue e insiste: será que a produção e a sociedade americana acreditam nesta tentação?
KEYNES E A BALA NA AGULHA
Por Enéas de Souza
O superávit fiscal brasileiro foi em 2008 de 4,6% do PIB. Em tempos keynesianos fazer um superávit deste porte é uma brutalidade. Mas, o nosso banco central é conservador, está longe de qualquer idéia de Keynes. Segue um caminho que ajuda o sistema bancário a ser o centro do processo de acumulação financeira. No entanto, Keynes está de volta. E por isso, o governo pode agora ser menos ortodoxo e usar este superávit para gastar, para fazer investimento, para fazer crescer a economia. E o fundamental é que o dispêndio seja, efetivamente, em investimento, e não em gastos correntes. Então, as idéias de diminuir o superávit já entraram em campo, e é possível que o governo brasileiro o diminua em 1 ou 1,5%. O superávit fiscal, portanto, continuaria em bom nível, em 3 ou 3,6 % e o crescimento do PIB chegaria a 2 ou 2,5%. Fala-se então que o superávit fiscal é uma das razões que permite garantir a previsão que dos países emergentes, além da China e da Índia, o Brasil seria um dos países que cresceria. Se isso acontecer, não só o Brasil vai lentamente alterando a sua política econômica de corte financeiro, pela geração de investimento autônomo do Estado, mas também poderia encontrar uma nova posição relativa na ordem econômica mundial, com repercussões positivas na nova ordem política do planeta. Como disse um economista de Brasília, o superávit fiscal é sim, a bala na agulha do Brasil.
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