O PIB brasileiro avançou 1,3% no quarto trimestre de 2008 frente ao quarto trimestre de 2007. E caiu 3,6% frente ao terceiro trimestre de 2008, com ajuste sazonal. Espera-se nova queda nessa comparação para o primeiro trimestre de 2009.
A produção industrial (-2,1%), a formação bruta de capital (3,8%) e consumo das famílias (2,2%) foram destaques negativos frente às tendências que vinham se apresentando até o terceiro trimestre de 2008. Tal qual ocorre no resto do mundo, os indicativos são de quem 2009 os investimetnos privados serão bastante pequenos e o setor externo terá retrações bastante fortes (embora dada a redução nas importações de máquinas e equipamentos isso possa refletir positivamente para o PIB brasileiro nas próximas medições).
Conversei com o economista da FEE e especialista em contas nacionais André Contri a respeito desses resultados. Ele diz que ficaram dentro das expectativas e que não são alentadores para o resto do ano. A chave vai estar com a tendência para os investimentos, ele acha. Sem uma agressividade bem maior do governo no aumento dos investimentos públicos, dificilmente o resultado do PIB para 2009 será positivo. Dado o cenário externo, as perspectivas de algum novo choque ao longo do ano não estão descartadas. Para auuxiliar a tarefa do governo de investir seria necessária uma baixa consistente nas taxas de juros, o que teria um impacto fiscal positivo e liberaria o governo para ampliar seus gastos sem reflexos maiores sobre os resultados das contas públicas. É esperar para ver, mas a decisão de amanhã quanto as taxas de juros se mostra uma das mais importantes dos últimos anos.
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