PERGUNTAS E CONFRONTOS
Por Enéas de Souza
1- Considere o que disse Ben Bernake, presidente do FED: (a) é preciso solucionar as instituições que são muito grandes para quebrar; (b) cabe reforçar a infra-estrutura do sistema financeiro, tratando de restrições a investimento de fundos mútuos de money market, como também criar um sistema de seguros para que procurem manter valor estável dos ativos, etc.; (c) é necessário reduzir os efeitos pró-cíclicos da regulamentação de capital e das regras contábeis; (4) estabelecer a criação de uma agência governamental de avaliação de risco sistêmico.
2- A pergunta é: muda muita coisa no sistema financeiro? Ou será mera calibragem para continuar tudo como está? Você tem dúvidas?
3- Então vem uma segunda pergunta, que é uma pergunta confronto: estas idéias se enquadram com o desejo de Obama de reconverter a economia para o longo prazo? Olhemos as idéias de Bem Bernanke para ver se batem com esta estratégia de retomada da economia americana do seguinte tipo. Primeiro: é preciso empregar o gasto público em proporções adequadas, sempre atentando para a questão fiscal. No caso americano, o problema é fundamental porque afeta a moeda nacional e mundial, o dólar. Segundo: controlar, regular, definir, fiscalizar, desenhar um novo sistema financeiro, centrado no crédito. (O risco sistêmico não será apenas um dos problemas para resolver o impulso, a desmedida e o apetite de lucro do sistema bancário?). Terceiro: é fundamental preparar a mudança do novo padrão de acumulação: incluindo uma nova infra-estrutura econômica energética e a entrada em campo de novas tecnologias. Quarto: trabalhar para um desenvolvimento econômico mundial que se baseie nas exportações americanas.
4- Não será que entramos num conflito entre o objetivo das finanças em retomar e reformar ligeiramente o seu comportamento, para manter uma sociedade centrada na financeirização versus o objetivo da sociedade americana de reformular completamente o modelo financeiro de acumulação? Quais as conseqüências desta oposição?
5- Será que a política monetária nesta nova realidade não deve se adequar a política fiscal e ao projeto de desenvolvimento econômico de longo prazo? Esta pergunta não estará indo contra a tradição da política econômica norte-americana? Como o conflito interno ao governo se desenvolverá?
Por Enéas de Souza
1- Considere o que disse Ben Bernake, presidente do FED: (a) é preciso solucionar as instituições que são muito grandes para quebrar; (b) cabe reforçar a infra-estrutura do sistema financeiro, tratando de restrições a investimento de fundos mútuos de money market, como também criar um sistema de seguros para que procurem manter valor estável dos ativos, etc.; (c) é necessário reduzir os efeitos pró-cíclicos da regulamentação de capital e das regras contábeis; (4) estabelecer a criação de uma agência governamental de avaliação de risco sistêmico.
2- A pergunta é: muda muita coisa no sistema financeiro? Ou será mera calibragem para continuar tudo como está? Você tem dúvidas?
3- Então vem uma segunda pergunta, que é uma pergunta confronto: estas idéias se enquadram com o desejo de Obama de reconverter a economia para o longo prazo? Olhemos as idéias de Bem Bernanke para ver se batem com esta estratégia de retomada da economia americana do seguinte tipo. Primeiro: é preciso empregar o gasto público em proporções adequadas, sempre atentando para a questão fiscal. No caso americano, o problema é fundamental porque afeta a moeda nacional e mundial, o dólar. Segundo: controlar, regular, definir, fiscalizar, desenhar um novo sistema financeiro, centrado no crédito. (O risco sistêmico não será apenas um dos problemas para resolver o impulso, a desmedida e o apetite de lucro do sistema bancário?). Terceiro: é fundamental preparar a mudança do novo padrão de acumulação: incluindo uma nova infra-estrutura econômica energética e a entrada em campo de novas tecnologias. Quarto: trabalhar para um desenvolvimento econômico mundial que se baseie nas exportações americanas.
4- Não será que entramos num conflito entre o objetivo das finanças em retomar e reformar ligeiramente o seu comportamento, para manter uma sociedade centrada na financeirização versus o objetivo da sociedade americana de reformular completamente o modelo financeiro de acumulação? Quais as conseqüências desta oposição?
5- Será que a política monetária nesta nova realidade não deve se adequar a política fiscal e ao projeto de desenvolvimento econômico de longo prazo? Esta pergunta não estará indo contra a tradição da política econômica norte-americana? Como o conflito interno ao governo se desenvolverá?
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