Hoje é dia de rally no mercado, é dia em que tudo parece bem e que a realidade fica escondida sob a euforia. Sempre vai ter alguém para relembrar que "chegamos ao fundo do poço" e que o resto do ano será de constante volta a um passado não tão distante. Eu gosto desses momentos, pois são eles que os mais avisados têm de aproveitar para saírem de suas posições mais arriscadas e deixarem os "crédulos" com o mico na mão. É um jogo que vem se desenvolvendo desde o início da crise, ou seja, aqueles que forem perdedores ao final não podem se queixar de falta de oportunidades. Elas foram muitas.
Sob a espuma, um velho problema parece estar recrudescendo: a Libor sobe, há uma nova escassez de liquidez e diferença a Libor e os Títulos do Tesouro Norte-americano de três meses - TED Spread - sobe, representando o aumento da aversão ao risco (ver gráfico para a TED Spread nos últimos três anos). Isso apesar de uma expansão que triplicou o balanço do FED. Incipiente, mas o aumento desse spread é uma tendência que vale a pena ser acompanhada. Sem uma reversão definitiva aí, nada feito.
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