É importante reafirmarmos alguns pontos no que tange a saúde das instituições financeiras dos EUA. Existem quatro fontes principais de instabilidade:
a) vendas de ativos dos fundos hedge pressionados por retiradas de recursos dos aplicadores;
b)aumento na inadimplência de bônus corporativos e públicos;
c) aumento na inadimplência dos consumidores norte-americanos;
d) aumento na indaimplência dos financiamentos de imóveis, residenciais e comerciais.
Os primeiros meses do ano vêm cofirmando essa análise, que deve pesar sobre o balanço dessas instituições ao longo do ano. Assim, vale dar uma olhada no gráfico do índice CMBX, o qual representa o valor dos títulos derivados fas hipotecas de imóveis comerciais. Esse índice vem apresentando deterioração (quanto mais alto o gráfico, menos vale o título) e tem sido transacionado quase ao ponto do seu pico no último trimestre do ano passado. Para títulos marcados AAA, quase 800 pontos base é uma perda bastante acima do esperado... Isso acaba por implicar perdas maiores nos pools de títulos aos quais essas hipotecas foram incorporadas (CDOs) e, o pior, nas fatias seniors desses títulos.
Quando serão reconhecidas essas perdas? Por quanto serão avaliados esses títulos? Esses problemas estão na base das discussões sobre a solução para o sisema financeiro norte-americano discutida pelo Enéas. Até o momento, os bancos não reconheceram nem 10% do que já perderam caso os títulos fossem marcados pelo mercado "existente" e que, nesse momento, não paga mais de 30% do valor de face por um conjunto de créditos securitizados...
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