Estimativas, em meu ponto de vista conervadoras, apontam para uma queda nos fluxos de capital líquidos (investimento direto+ portfolio) para os chamados "países emergentes", os quais cairão de cerca de US$ 1 trilhão em 2007 para cerca de US$ 165 bilhões. Isso coloca os países mais necessitados de capital (em especial os do Leste Europeu) em uma situação desesperadora. A instabilidade propicia um ambiente favorável à intensificação das fugas de capital, dada a possibilidade de desvalorização das moedas dos "emergentes".
O FMI não aparece com potencial estabilizador suficente, dado o tamanho dos recursos necessários para compensar o buraco deixado pelo capital privado, o qual supera em muitas vezes o montante à disposição da instituição, que vem perdendo poder ao longo do tempo (ver gráfico acima).
O Brasil se encontra em uma situação favorável, mas não imune a essas modificações brutais na direção dos fluxos de capital. Apesar disso, o governo não parece muito preocupado com o potencial desestabilizador das fugas de capital. O governo brasileiro aposta realmente numa solução rápida para essa crise? Ou seremos pegos com as "calças curtas" na continuidade desse movimento?
Link relacionado (ver gráfico "interativo" encartado na notícia):
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