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CRISE FINANCEIRA MUNDIAL - Blog que visa discutir temas relacionados à economia internacional e brasileira, à globalização em todas as suas dimensões e à geopolítica internacional. Editado pelos economistas André Scherer e Enéas de Souza.
2 comentários:
Concordo com o Sherer até a metade. Não é do interesse do governo americano sequer discutir (quanto mais constituir) uma outra moeda de referência. O que significa que os EUA não vão deixar e isto não vai ocorrer. Correto.
Só que isto não vai ocorrer porque a China não vai deixar. Foi só isso que os chineses lembraram ao Secretário do Tesouro. E a China não quer, de fato, pois ainda depende de um dólar (e um euro, e um yen) forte(s) para conseguir seus saldos financeiros. A China só tem as reservas brutais que tem porque não precisa de capital de empréstimo para fechar suas contas. Ela tem recursos financeiros redundantes.
A constituição dos DES em moeda de reserva alternativa levaria à desvalorização do dólar, e à queima do capital chinês. A China não poderia adquirir DES no montante de seu aporte em títulos dos EUA. O estrago para a China da (re)emergência dos DES seria enorme. A China não quer isto. Só quer lembrar aos EUA, que o que vai acontecer com o dólar, de fato, depende do que a China fizer. Portanto, esta é uma questão a ser discutida "a dois".
E a resposta foi a única verdadeira: sim, nós sabemos que vocês existem e cumprem um papel central na "festa". Conversaremos.
Oi Carlos: pois é, mas em minha opinião a China, com suas reservas, é mais refém das atitudes norte-americanas, que pode desvalorizá-las facilmente. E concordo contigo: isso não é do interesse de ninguém. O que chamou minha atenção e a do Enéas é que o secretário do Tesouro respondeu a uma provocação eminentemente política dos chineses. E respondeu mal.
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