Em tempos de crise, ninguémm sabe ao certo para nde se voltar. Uma prova é o debate que vem a luz hoje no Financial Times, onde a influente e bem-informada Gillian Tett repercute a possibilidade de uma volta a "algum tipo de padrão-ouro". O artigo mostra acertadamente que a devinculação do dólar ao ouro em 1971 possibilitou um avanço quase infinito do crédito, "financeirizando" completamente a economia mundial.
Não há dúvidas quanto a isso. E não há dúvidas de que a criação de algum lastro monetário colocaria uma "base" para a expanão financeira. Mas traria duas consequências: se aplicada hoje, a medida traria uma deflação e uma depressão econômica bastante maiores do que a de 1930. Em segundo lugar, o que todos sempre esquecem, é que as decisões quanto ao sistema monetário internacional sãoapenas (se tanto) 10% economia. A questão é puramente política. Como seformaria e quem controlaria esa nova moeda de reserva lastreada em ouro? Dado o poder dos EUA, reafirmado de forma passiva no G-20 agora há pouco, o debate parece sem fundamento no momento. A história não retorna e as soluções dopassado são... passadas. A mudança virá somente se (e quando) o dólar for mais seriamente questionado.
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