Em mais um capítulo romanesco da crise que desvela muito sobre o funcionamento do mercado financeiro, o affair do banco Cazaq (?) BTA com o Morgan Stanley e outro banco traz á luz o papel dos Credit Default Swaps (CDS) na pró-ciclicidade da crise.
Resumindo enormemente a história, vários débitos do BTA com a Morgan Stanley haviam sido refinanciados ao longo de 2008 dentro da ideia de que o credor teria mais a perder com a bancarrota do devedor. Isso deixou os cazqs tranquilos. Para sua surpresa, nesse semana o Morgan Stanley exigiu o pagamento das dívidas. Obviamente, o BTA não teve como honrar a dívida. Em princípio, os cazqs não entenderam o que havia levado o Morgan Stanley a exigir um pagamento que sabiam não seria efetivado.
A resposta está nos CDS que o Morgan Stançey havia comprado e que garantiam o banco norte-americano quanto á prossibilidade de default da dívida do BTA. Quem vendeu a proteção ao Morgan Stanley ficou com o mico. O BTA está em grande dificuldades. O Morgan Stanley levou seu dinheiro. a história mostra como o mercado de CDS permite "planejar" a falência de um devedor pela asficia de crédito, sendo essa falência do interesse do credor.
Histórias semelhantes estão acontecendo com empresas do setor "produtivo" ao redor do planeta. Obviamente, a consequência será uma implosão do mercado de CDS (mais de US$ 12 trilhões) e uma explosão na quantidade de falências corporativas, na medida em que os defaults "planejados" e orquestrados pelos credores se multipliquem. Mesmo gigantes como a GE estão na mira...
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