Uau! Finalmente aparece uma explicação minimamente conectada com a realidade da crise de crédito global na mídia brasileira (http://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi0909200716.htm , acesso pago). Ela foi produzida por Vinicius Torres Freire, na FSP de hoje, 09/09... Segue uma parte da matéria, que toca em elementos essenciais da crise de crédito global (SIV's e CDO's e sua relação):
"BANCOS NAS sombras" e estratégias financeiras exóticas multiplicaram os efeitos da crise imobiliária dos EUA. "Banco nas sombras" é um apelido para entidades criadas a fim de multiplicar o volume de operações que os bancos estão legalmente autorizados a realizar. Trata-se dos "conduits" e de "structured investment vehicles" (SIVs, veículos de investimento estruturado), criados por bancos e firmas de "private equity". Os "conduits" emitem (vendem, tomam empréstimo) "commercial papers" (notas promissórias, papéis de curto prazo) a empresas e investidores. Compram papéis de longo prazo, como títulos lastreados em dívidas de hipoteca ou CDOs ("collateralized debt obligations", obrigações de dívida garantida por ativos), papéis cuja rentabilidade e valor é garantida por recebíveis, títulos de dívida imobiliária e outras.
Um objetivo de "conduits" e SIVs é ganhar com a diferença entre a rentabilidade dos "commercial papers" e a dos títulos de longo prazo. Os bancos criam e administram os "conduits", dos quais recebem taxas. Tais transações não estão no balanço dos bancos, que assim podem extrapolar o limite legal de empréstimos e exposição a risco. Os bancos, porém, cobrem os "buracos negros", as eventuais perdas dos "conduits". Esses instrumentos financeiros facilitaram o direcionamento do dinheiro abundante para negócios de risco, como hipotecas de segunda linha ("subprimes"). Mas a crise nunca foi mero problema imobiliário. "
Mas saudemos, parece que agora teremos notícias mais consistentes sobre o que está acontecendo no mundo financeiro. Oremos!
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