sexta-feira, fevereiro 20, 2009

Duas visões "pessimistas"

Eu e o Enéas somos frequentemente "acusados" de sermos pessimistas. Isso vem acontecendo sistematicamente desde agosto de 2007. Não que isso me preocupe muito, eu só não entendo, até por que não se trata de pessimismo ou otimismo. Já está acontecendo, assim como já estava acontecendo em agosto de 2007, não era uma "previsão" ou um desejo.
Os eventos destrutivos têm uma sequência lógica desde aquele momento. Como poderia haver uma crise "contida" - expressão usaa pelo FED à época - ao pequeno segmento subprime do mercado imobiliário norte-americano quando a securitização e os derivativos interligavam todo o mercado financeiro global? Como alguém poderia acreditar que os bancos de investimento dos EUA sobreviveriam à sua enorme exposição em ativos tóxicos? Como a crise ficaria confinada aos EUA, se os canais de transmissão eram tanto financeiros quanto reais? Como haveria um descolamento da situação dos"países emergentes" nesse cenário? Como o consumo nos EUA poderia se manter com a queda no valor dos ativos que davam suporte à expansão do crédito? E assim por diante, bastava um pouco de conhecimento e de bom senso para perceber que a crise seria imensa como está ocorrendo. E cada novo dado apenas confirma e acrescenta em nossa crença quanto aos desdobramentos dos eventos, por exemplo: como em 2009 poderíamos ter uma calmaria financeira quando temos ainda tantos problemas pendentes e prontos para estourar? (ver http://econobrasil.blogspot.com/2009/02/pessoes-sobre-o-sistema-financeiro-dos.html).
Mas, apenas para aqueles de coração em bom estado, eu vou deixar para vocês os links para dois artigos realmente "pessimistas" (fique claro que não estou corroborando essa visão, ao menos no momento, eheheh). Só não digam que não avisei, rs...
E, se quiserem algo bem otimista, recomendo a Mirian Leitão, o George Vidor e o Stephen Kanitz!

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