Sem surpresa, a agenda durante a reunião do G-20 foi deslocada do tema da reforma e regulação do sistema financeiro mundial (que não interessava aos EUA) para a questão da redução dos desequilíbrios globais (que interessam à economia norte-americana).
Nesse sentido, vale a pna dar uma olhada nos dois capítulos disponíveis até o momento do recém lançado Global Financial Stability Report do FMI. O capítulo II relatório traz uma defesa intransigente dos benefícios da securitização, enquanto o terceiro capítulo aponta para os riscos que as massivas intervenções governamentais podem colocar para a estabilidade futura da economia mundial. Ou seja, afinadíssimo com o discurso anglo-saxão, uma vez que o deslocamento da questão em direção aos desequilíbrios globais interessa também ao Reino Unido na tentativa de preservação do espaço privilegiado ocupado pela City londrina no mundo financeiro europeu.
O especialista em finanças internacionais Brad Setser, agora atuando como negociador pelo lado do governo norte-americano, também teceu loas a abordagem da questão pelo G-20. Ou seja, que os superavitários gastem mais para compensarem a queda na demanda norte-americana e reequilibrem economia global. Falta apenas convencer Japão, Alemanha e China...
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